O VENENO

A verdadeira história dos contos de fadas
Certa vez, em um reino antigo, viviam felizes um rei e sua rainha. O reinado era próspero e os súditos amavam seu rei. E para maior felicidade, a rainha engravidou do que seria uma das moças mais belas já vista nos bailes reais.
Infelizmente no nascimento da menina sua mãe faleceu, e chorando de tristeza, o rei olhou a filha e de tão linda era que a chamou de Bela, idolatrando o sorriso encantador e os belos olhos verdes da recém-nascida.
Com o passar dos anos, Bela foi crescendo e se tornando tão amada quanto o pai, por todos do reino. Mostrando ser apaixonada por esportes que, na época, eram considerados rudes para uma dama. Mas o rei, seu pai, que a amava muito, ensinou-a a caçar e incentivou sua paixão por cavalos.
Um dia, quando Bela tinha seus 16 anos, o rei a levou para o mais profundo vale, onde caçadores jovens deveriam se tornar caçadores adultos, e deixou Bela caçar oficialmente um javali.
Enquanto a jovem cavalgava sobre seu cavalo, correndo atrás do animal, um descuido do destino fez o cavalo se assustar e derrubar a princesa, que caiu sobre um monte de ervas daninhas e venenosas, perfurando algumas partes de seu corpo e envenenando seu sangue, fazendo com que a pobre e bela princesa caísse em um sono profundo.
O rei, assustado e nervoso, colocou-a em seu cavalo e chamou todos os magos e médicos disponíveis e indisponíveis para ajuda-la. Mas nenhum conseguiu despertá-la do mal.
Certo dia bateu a porta do rei uma velha, que dizia ter em suas mãos o que poderia ajudar a princesa. O rei, esperançoso, ouviu-a:
-A princesa foi envenenada, e provavelmente não passará dessa semana e o pássaro da morte se fará presente no reino. O que tenho não a despertará, mas irá mantê-la viva.
-E o que seria? – perguntou, ansioso, o rei.
-É um elixir, preparado com ervas especiais, que deverão ser aplicadas na princesa uma vez por semana.
-E o que a senhora quer em troca?
-Daqui alguns anos você deverá casar-se com minha filha.
O rei não pensava em substituir sua falecida esposa, mas aceitou. Chorando a sorte da filha, o rei mandou construir um castelo escondido na floresta, onde a escondeu envolta em um vestido de cetim vermelho e preto, sobre uma cama macia de penas de pato.
Alguns anos se passaram e a história da princesa adormecida começou a ser esquecida como realidade, sendo espalhado entre os reinos que a filha do rei fora sequestrada, sem pedido de resgate.
O rei se viu obrigado a casar-se novamente e sua nova esposa era tão linda quanto a primeira, mas mal sabia o ele que se tratava de uma ogra. Ela obrigava seus servos a encontrar crianças para que pudesse devorar, mantendo sua beleza e juventude.
O rei visitava sua filha regularmente, aplicando através das pontas de seus dedos, o remédio preparado pela velha. Certa vez observou que Bela adormecida daquele jeito já não tinha mais apenas dezesseis anos, alias estava ainda mais bonita. Sentado na cadeira ao lado da cama, observava o seio da jovem subir e descer conforme sua respiração, e saindo do decote do vestido a curva de seus volumes.
Aquela imagem excitou o rei que involuntariamente colocou um dos dedos sobre os botões do vestido de Bela e começou a abrir. Ao ver seus belos seios redondos, o Rei não se conteve e começou a beijá-los enquanto uma loucura febril tomava conta do seu corpo.
A verdadeira história da bela adormecida

Enlouquecido de prazer, o rei tirou suas vestes reais, rasgou a roupa da princesa, e por um instante parou admirado com as belas curvas de Bela, desenhou-a com as pontas de seus dedos e por fim, não se aguentando mais, possuiu-a em frenesi total e insano.
Tremendo, após seu ato, o rei vestiu-se e recompôs sua filha. Assustado com o que acabara de fazer, correu, parou na porta do quarto, olhou sobre o ombro e saiu.
Os dias se passaram e a imagem do corpo nu de Bela retornava implacável para a mente e os sonhos do rei, que não conseguindo esquece-la, retornou ao castelo no meio da floresta. E a partir daquele dia, fez da filha sua amante adormecida.
Filme a bela adormecida
Filme: A bela adormecida

Como a natureza tem suas peculiaridades naturais, Bela engravidou do pai, e oito meses e meio depois, ao rei sair saciado do aposento da filha, dores chacoalharam o corpo da pobre garota, fazendo com que ela desse a luz a duas crianças perfeitas.
As crianças, esfomeadas, procuraram na mãe comida, e começaram a mamar as pontas dos dedos da jovem, retirando do corpo aquilo que a mantinha adormecida, fazendo com que Bela começasse a acordar, despertando totalmente em cinco dias.
Assustada, olhou as duas crianças e embora estivesse adormecida por intermédio da droga, seu subconsciente mantivera-se aquele tempo todo acordado. Chorando sua sorte, afastou-se das duas crianças e deixou o desespero e a vergonha tomar conta de si.
A sensação de desgraçada e angustia foram se acalmando dentro de si, enquanto junto dela formava-se uma ideia. Um plano. Algo que ajudaria a se vingar de tudo que acontecera, a por um fim em todo seu infortúnio.
Esperou o dia em que seu pai voltaria para visita-la e sentada sobre a cama, com as duas crianças do lado, observou quando ele entrou e junto dele a expressão assustada em sua face.
Durante o tempo que visitara a princesa, o rei tinha se apaixonado pela garota, e ao vê-la acordada, seu coração apertou-se de felicidade. Pois poderia leva-la para casa e fazê-la sua rainha.
Entretanto, como uma bomba fria, lembrou-se que já era casado. O que faria?
Era uma vez
Bela conversou com o pai como se fosse amante dele, e juntos planejaram manter uma relação escondida, enquanto pensavam em como acabar com a rainha.
Mal sabiam eles que a rainha tinha guardas escondidos no castelo da princesa, que relatavam a ela os acontecimentos no aposento. Ao ouvir que Bela havia despertado e junto dela duas crianças e um plano para mata-la, mandou caçadores até o castelo e acabar com Bela, trazendo suas crias para que pudesse alimentar-se.
Enquanto isso, no castelo no meio da floresta, decidida, Bela aplicou nas crianças o elixir dado pelo pai e que deveria ter sido usado nela, fazendo com que estas adormecessem. Na mesma noite, veio ao castelo dois caçadores, que ao tentarem mata-la, apiedaram-se dela, permitindo que vivesse, mas disseram que deveriam levar as crianças, ou a rainha iria mata-los.
Bela esgueirou-se atrás dos caçadores, e correndo por entre a floresta chegou até o castelo antigo e, escondida, esperou até ouvir o barulho do talher sobre a mesa da rainha e seu corpo cair adormecido. Então, entrou e pegou um dos facões da coleção da mulher e cortou sua cabeça, depois retirou suas roupas e a picou em pedaços pequenos.
Em uma panela cozinhou a carne da rainha, colocou mais da droga que fora usada nela e preparou um delicioso cozido para o rei.
Quando o rei entrou pela porta do salão de jantar, encontrou Bela sentada a cabeceira da mesa, estupefato, correu até a filha dando-lhe um beijo na boca e questionando sobre como ela fora parar ali. Mas Bela apenas pediu que ele se sentasse.
-Isso é para mim? – perguntou o rei.
-Sim, meu rei. – respondeu ela, humildemente.
Sem pensar duas vezes, o rei começou a comer. Enquanto comia ele murmurava:
-Huum, que carne deliciosa querida. Espero que não se importe, mas irei comer tudo sozinho.
E assim o fez. Bela apenas observava e quando o último pedaço de carne fora devorado pelo rei, ele caiu sobre a mesa. Adormecido.

Bela, imediatamente, pegou o mesmo facão e decepou a cabeça  do rei. Retirou suas roupas, cortou em pedacinhos e preparou os mais diversos tipos de comida, da qual se alimentou durante algumas semanas. Tempo que levou para espalhar entre o povo que seus pais descobriram seus sequestradores, mas haviam morrido em seu resgate.
                                                                                                 MirianKardoso


(Essa história foi inspirado em um conto de Giambattista Basile
A verdadeira história


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2 comentários:

  1. Adorei essa história !! :DDD

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    1. Que bom que gostou! Leia outras no mesmo estilo, como BRANCA:
      http://www.miriankardoso.com.br/2013/12/branca-de-neve-e-os-sete-anoes.html

      Abraço!

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