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FIM
Acordei
desesperada, sentindo cada gota de minha transpiração gotejar em meu rosto.
Minha respiração pairava no ar, e meus ouvidos atentavam para ouvir o que
acontecia ao meu redor. Meu coração, porém, era mais rápido e descompassado,
tão ligeiro batia que quando dei por mim não escutava mais nada além das
passadas descomunal de um orgão tão pequeno, mas capaz de ser transpassado por
tanta aflição e tristeza, que matava lentamente, como um veneno letal que faz
morrer de forma sufocante.
Naquele
momento toda a angustia voltou a minha mente, um sentimento ultra-angustiante
se apoderou de mim: eu queria morrer.
As
pontas de meus dedos foram ficando cada vez mais frios, meus pés não sentiam a
circulação. O ar que respirava era pó diante da angustia da minha alma, e todo
o resto virou podridão.
O
mundo que se erguia abaixo dessa fraca existência não era nada mais que um
passado, fosco, apagado e, com o passar certeiro do tempo, esquecido.
Meus
lábios impuros não podiam ser curados, nem a desordem poderia ser restaurada.
Era
o fim, eu morri.
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