Carta ao Senhor Deputado


Rapunzel e sua verdadeira história

Carta ao Senhor Deputado
Centro Norte, Quartizo, 24 de dezembro de 18 d.t.

Caro Senhor Deputado,
Venho, por meio desta, narrar os fatos que a tantos anos me perturbam e tiram meu sono. A tormenta diante da verdade oculta naquela história terrível que fora lançada não me deixou outra escolha. Chega ser infantil pensar que o autor não saiba do que realmente acontece, e se souber eu tenho fé que seus pecados serão cobrados a um preço alto.
Talvez seja ingenuidade minha acreditar que o senhor não esteja inteirado do assunto. Mas tendo fé nessa ingenuidade é que escrevo, mantendo a esperança de que o caso seja levado e que as coisas sejam reconfiguradas.
Não mais roubando seu tempo, segue o relato, pois foi assim que aconteceu:
-Era uma vez.
- O que quer?
-Loira. 1,70, 67 kg, 25 anos.
-Ok. O pacote?
-Aqui. – deslizou sobre a mesa um envelope. – como combinado.
O outro guardou dentro da bolsa.
-Amanhã.
-Ok.
Ele dirigiu até aquele lugar logo pela manhã do dia seguinte, estacionou na vaga liberada e saiu. Seu coração estava com os batimentos altos. Uma mulher alta o atendeu, deu-lhe as orientações, uma chave, espada e roupas.
Ele se trocou.
Seguiu até a porta lateral, olhou em volta e sorriu.
Era uma floresta sobrevivente: um executivo e vários colaboradores a mantinham a salvo da destruição. No centro havia uma torre alta, nela havia apenas uma janela no mais alto ponto. Diziam que era possível ver até mesmo a Cidade Norte.
 Ele começou a caminhar por entre as árvores e algumas horas depois encontrou um emaranhado de mato. Com uma espada foi cortando o local. Deveria ser ali, pensava, enquanto sentia seu membro enrijecer.
Ao atravessar o lugar, deparou-se com um lago, com sede bebeu da água e sentou-se para descansar. Faltava pouco agora, mal podia conter sua excitação.
Poucos minutos depois que voltou a caminhar, ele encontrou a torre alta, feita de pedra, parecia antiga. Colocou a mão sobre os olhos e olhou para cima. Lá, naquelas alturas, era onde queria ir.
Rapunzel

Rodeou o lugar para encontrar a entrada, mas não havia.
Então se lembrou da chave e gritou:
-Rapunzel, Rapunzel, minha doce mulher, jogue-me suas tranças.
E em um piscar de olhos caiu a sua frente uma gigante trança, de cabelos loiros e fortes. Ele secou as mãos nas roupas e animado deu inicio a sua subida.
Ao chegar a janela da torre esticou o pescoço para dentro e como lhe fora relatado, era um lugar lindo, incrivelmente limpo e brilhante. Pulou para seu interior e vagarosamente foi caminhando pelo recinto até chegar a cama.
-Rapunzel? – chamou ele. – Rapunzel, é você?
Deitada, na cabeceira, jazia uma linda moça loira de 25 anos. Gentilmente ele tirou uma mecha de sobre os olhos dela, que deu um pulo, assustada:
-Quem é você?
-Sou eu, Rapunzel. Seu príncipe.
-Príncipe? Meu nome não é Rapunzel! – Ela olhou em volta.
-Claro que é, princesa. Esteve esperando por mim todos esses anos.
-É claro que não, seu louco. Me chamo Elize!
Ele se aproximou, ela pulou para fora da cama.
-Fique longe!
-Vamos querida, vim resgatar você. Não quero lhe causar mal...
Ela correu até a janela e seu corpo recebeu uma carga elétrica de susto ao ver a altura. Virou-se e buscou uma porta por onde pudesse sair. Ele a observava.
-Rapunzel, minha querida. Sente-se aqui. Vim salvar-te.
-Me salvar? De que? Onde estou?
Ele se levantou, ela retesou o corpo. Ele parou, olhou-a de cima a baixo e sorriu levemente.
-É mais linda do que eu esperava.
Ele continuou avançando, chegou próximo a ela, que assustada caminhava de costa para a parede, cheirou seu pescoço, pegou sua mão e lambeu a ponta de seu dedo menor.
-Doce. – suspirou. – você é perfeita.
Então, com um movimento repentino e brusco, pegou-a pelos cabelos e arrastou até a cama.
Desesperada, começou a gritar e chutar. Ele a jogou sobre o colchão e gentilmente a abraçou. Sussurrou em seu ouvido que tudo ficaria bem, logo estaria acabado.
Ela sentiu a onda do medo penetrar em cada poro de seu corpo, chegar a sua alma e depois a sua mente, que iniciou a trabalhar sobre o que viria a acontecer. Tentou falar, mas ele apenas a apertou mais, depois se afastou um pouco, prendeu o braço esquerdo esguio e alvo a cama e foi até o guarda-roupa, de onde retirou uma caixa grande.
Retornou e começou a preparar as coisas junto a mesinha de cabeceira. Organizou cada instrumento lentamente e, com muita atenção, esterilizou cada um deles sem falar uma única palavra.
Ela começou a chorar, sua mente rodava, o que iria fazer com aquilo?
-Por favor, me deixe ir. – pedia. – o que vai fazer comigo? O que quer de mim? Me diga, eu faço qualquer coisa, só me deixe ir!
O desespero em sua voz o fez olha-la por um segundo. Seus olhos inexpressivos nada demonstravam. Ele suspirou levemente e vestiu as luvas, depois foi até a garota e amarrou as pernas e o outro braço.
Ela tentava lutar inutilmente.
Quando bem presa, deitou-se sobre o peito dela e como um menino abraçou-a docemente, assim ficou até sentir o corpo da jovem acalmar-se e a respiração ficar mais regular.
Depois, levantou-se e a beijou na testa. Com lágrimas nos olhos, ela pedia:
-Por favor... não me faça mal.
Ele afastou seu cabelo, desceu sua mão até a roupa e com uma tesoura cortou e retirou do corpo da garota, deixando-a nua.
Com o um pequeno lenço molhado em álcool ele acariciou a partir do pescoço em direção ao baixe ventre. Depois anestesiou-a, mas buscando mantê-la acordada.
Ela olhou para o teto e viu seu corpo nu refletir no espelho. Ele tampou sua boca e olhou para o teto também.
-Vou cuidar de você. - Então, delicadamente, começou abri-la entre os seios.
Ela não sentia dor, mas via o sangue escorrer e ele limpar carinhosamente. Ele ficou ali quase uma hora trabalhando, quando se afastou ela pode observar uma pequena fissura entre os seios.
Ele sorriu e começou a abrir outros dois orifícios nas laterais do corpo. Algumas horas depois havia 12 lugares recortados e trabalhados daquela maneira, incluindo um na sua bochecha direita.
Depois de terminado a sua obra e anestesia-la novamente, ele limpou os instrumentos, guardou-os, lavou as mãos e retornou para cama, onde romanticamente depositou uma rosa vermelha.
-Eu vim resgatar você, minha Rapunzel.
Ele tirou a amarra de sua boca.
-O que fez comigo? – agonizava, apavoradamente.
-Não se preocupe. Não vai doer. Não está doendo, não é mesmo? – perguntou, preocupado. – se estiver, avise-me.
-Me tire daqui. – pedia ela. – por favor, me tire daqui.
Carta ao deputado
Ele declinou-se sobre ela e beijou seus lábios. Seu membro já estourando a calça.
 Relatar o que aconteceu depois seria doloroso e vergonhoso de mais, portanto basta dizer que em cada perfuração foi encontrado restos do DNA dele e o corpo da menina foi achado em estado avançado de decomposição.
Hoje Rapunzel é mundialmente conhecida entre as crianças, sua história infantilizada esconde o verdadeiro significado de seu nome e a operação por traz dele.
Tenho certeza que ainda não acabou. Agora, se não sabia, já tem algo a defender.
Salve a vida daquelas moças, Senhor Deputado.
Destrua Rapunzel.

Atenciosamente,

Related Articles

0 comentários:

Postar um comentário

Gostou? Deixe seu comentário para sabermos sua opinião!