CONTOS
OUTROS
Antigos escritos
E
não foi coisa do destino que me fez entrar, depois de uns anos, no site RECANTO
DAS LETRAS, e encontro alguns escritos antigos?!
É
até meio estranho ler coisas que escrevi a dois, três anos atrás. Mas isso não
significa que eram ruins ou não. Tenho etapas de escrita, acho que aquele que
se dedica a escrever é assim, com exceção dos gênios brilhantes da literatura. Mas de nós, humildes e irrelevantes almas que despejam palavras no papel, as
primeiras publicações não são lá tão significantes assim e com o tempo,
prática, leituras e estudos elas vão melhorando. Ou você fica melhor e mais
profundo ou você fica mais insensível e ignorante mesmo. Enfim.. Segue-se um
ou dois contos dos primeiros...
Foi na madrugada
Foi assim
que aconteceu. Ele acordou assustado, transpirando suor, com um gosto amargo na
boca, sentindo o estômago enjoado e o a respiração suspensa e dolorida, parecia
que seus pulmões haviam desaparecido. Tentou levantar, mas uma tontura o cercou
e não conseguiu enxergar nada, tudo escureceu. Colocou a mão na cabeça sentiu
um calafrio, sentou-se na beirada da cama e abaixou a cabeça, esperando que seu
cérebro se estabilizasse. Alguns minutos depois afirmou o pé sobre o chão
áspero e levantou. Sentiu os ossos doloridos, parecia que as suas juntas tinham
enferrujado. Caminhou alguns passos e sentiu algo estranho dentro de si. Não
estava legal, parecia que havia bebido noite passada até cair, mas não se
lembrava.
Abriu a porta do banheiro e levantou a tampa da patente, e enquanto suspirava de alivio reparou que sua respiração estava estranhamente gelada e não conseguia senti-la, saia com dificuldade de suas narinas. Abriu o chuveiro e deixou a água cair livremente: podia ouvir o sangue correndo nas veias. Nesse momento ele coloca a mão sobre o pulso para sentir os orifícios sanguíneos, assustadoramente parecia que ele ainda estava carregado do porre da noite anterior, pois não tinha mais aquelas veias prepotentes e protuberantes que sempre teve. Não conseguia senti-las. Será que tinha diabete? Balançou a cabeça. Não. Ele fazia exercícios diários e sua alimentação era balanceada. Tinha medo dessas doenças mundanas. Não queria morrer assim, sem poder ter o direito de viver como quisesse. Tocou sua coxa, parecia estranhamente mole. Não podia ser. Fazia academia.
Desligou o chuveiro e secou-se. Sentiu a necessidade de uma mulher tocar fundo. Sabia onde deveria ir. Vestiu-se com jeans e camiseta, perfumou-se, pegou a carteira, contou o dinheiro, e saiu ruidosamente pelas ruas de São Paulo. Sabia que não precisaria andar muito, seu charme atraia os olhares femininos com facilidade, sempre fora fácil conseguir o que queria.
Já no portão do prédio, passou a mão sensualmente pelos cabelos, e olhou ao redor, aquela seria uma ótima noite, havia muito peixe. Começou a caminhar em direção a rua principal. Com seu ar arrogante de conquistador, quando reparou que ninguém o olhava, dirigiu-se a um bar e viu em uma mesa algumas mulheres vestidas de forma tentadora. Nada. Nenhuma delas prestou atenção a ele. Rodou alguns minutos e.. nada, novamente. Parecia que ele não existia.
Um desespero começou a tomar conta de seu ser. Por que se sentia tão estranho? Por que as gatas não o olhavam? O que estava acontecendo? Foi quando se olhou em uma vitrina espelhada, seus olhos se arregalaram, sua respiração parou e seu olhar permaneceu petrificado: agora se lembrava. Foi quando caiu no chão, retorcendo-se horrivelmente. Algumas pessoas pararam e tentaram socorrê-lo. Mas já não tinha o que fazer. No outro dia, logo pela manhã, havia a noticia do jornal: Idoso de 67 anos morre por ataque cardíaco na madrugada paulista.
Abriu a porta do banheiro e levantou a tampa da patente, e enquanto suspirava de alivio reparou que sua respiração estava estranhamente gelada e não conseguia senti-la, saia com dificuldade de suas narinas. Abriu o chuveiro e deixou a água cair livremente: podia ouvir o sangue correndo nas veias. Nesse momento ele coloca a mão sobre o pulso para sentir os orifícios sanguíneos, assustadoramente parecia que ele ainda estava carregado do porre da noite anterior, pois não tinha mais aquelas veias prepotentes e protuberantes que sempre teve. Não conseguia senti-las. Será que tinha diabete? Balançou a cabeça. Não. Ele fazia exercícios diários e sua alimentação era balanceada. Tinha medo dessas doenças mundanas. Não queria morrer assim, sem poder ter o direito de viver como quisesse. Tocou sua coxa, parecia estranhamente mole. Não podia ser. Fazia academia.
Desligou o chuveiro e secou-se. Sentiu a necessidade de uma mulher tocar fundo. Sabia onde deveria ir. Vestiu-se com jeans e camiseta, perfumou-se, pegou a carteira, contou o dinheiro, e saiu ruidosamente pelas ruas de São Paulo. Sabia que não precisaria andar muito, seu charme atraia os olhares femininos com facilidade, sempre fora fácil conseguir o que queria.
Já no portão do prédio, passou a mão sensualmente pelos cabelos, e olhou ao redor, aquela seria uma ótima noite, havia muito peixe. Começou a caminhar em direção a rua principal. Com seu ar arrogante de conquistador, quando reparou que ninguém o olhava, dirigiu-se a um bar e viu em uma mesa algumas mulheres vestidas de forma tentadora. Nada. Nenhuma delas prestou atenção a ele. Rodou alguns minutos e.. nada, novamente. Parecia que ele não existia.
Um desespero começou a tomar conta de seu ser. Por que se sentia tão estranho? Por que as gatas não o olhavam? O que estava acontecendo? Foi quando se olhou em uma vitrina espelhada, seus olhos se arregalaram, sua respiração parou e seu olhar permaneceu petrificado: agora se lembrava. Foi quando caiu no chão, retorcendo-se horrivelmente. Algumas pessoas pararam e tentaram socorrê-lo. Mas já não tinha o que fazer. No outro dia, logo pela manhã, havia a noticia do jornal: Idoso de 67 anos morre por ataque cardíaco na madrugada paulista.
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